Nossa vida tem muitas fases, cada qual com sua beleza e suas dores. Apesar de sabermos que as mudanças e a morte são certas, desviamos o olhar: fomos ensinados a eternizar os instantes agradáveis, evitando a todo custo os desagradáveis. Existe uma forma mais compassiva e sábia de lidar com a impermanência? Existe um jeito de sofrer menos com as inevitáveis transformações, internas e externas?
MINDFULNESS PODE AJUDAR A ACEITAR A IMPERMANÊNCIA
Esses são convites que a prática da atenção plena nos faz. E tudo começa de forma simples: fazendo as pazes com o corpo e prestando ainda mais atenção nele. Em vez de negar ou fugir, escolher prestar atenção de uma forma curiosa e aberta. Perceber, momento a momento, as mínimas mudanças, acostumar-se com elas, com menos crítica e mais apreciação. Flexibilizar-se diante das incertezas da vida, em vez de enrijecer diante do que não se pode controlar. Apreciar a beleza de cada momento.
Escolhendo estar presente em cada momento, podemos desvendar suas possibilidades, em vez de querer algo diferente do que temos aqui e agora. Estar presente no corpo e na respiração traz clareza sobre a maravilha que é estar vivo e estabilidade para notar a impermanência. Logo, descobrimos que não somos nosso cansaço, nossas preocupações nem nossas emoções. Esses fenômenos vêm e vão. E o que permanece, afinal? AFINAL, O QUE SOMOS?
Nosso corpo é uma grande comunidade de células, microrganismos e elementos em constante fluxo. Nele, emerge uma consciência capaz não apenas de perceber a si mesma como também o mundo lá fora.
Definir o que somos é extremamente complexo. Depende do meio (ambiente) onde estamos, de nossa história e crenças, da nossa experiência subjetiva.
A prática da atenção plena abre um espaço de quietude no meio disso tudo, onde podemos treinar habilidades como foco e concentração, empatia e compaixão.